Na ponta dos dedos
Com o lançamento de mais e mais modelos touchscreen no mercado – tendência esta que não deve diminuir tão cedo –, saber perceber quando a tela é boa ou não é essencial. A resposta a essa questão aparentemente complexa, entretanto, pode ser obtida de maneira incrivelmente fácil.
Mas antes, é necessário diferenciar as duas tecnologias utilizadas na obtenção da sensibilidade a toques: a resistiva e a capacitiva.
Estilo antigo
As telas resistivas já são conhecidas há muito tempo. Desde os anos 90 os PDAs e tablets utilizam esta interface como entrada de dados. Ao contrário de equipamentos mais modernos, os displays resistivos necessitam de pressão – ainda que bastante suave – para receberem dados. Com isso, este tipo de tela pode ser acionado com dedos, unhas e com o uso de uma stylus – a famosa “canetinha”.
A sensação de uma tela resistiva é plástica, uma vez que as várias camadas que a compõem precisam ser deslocadas umas sobre as outras para o registro do toque.
Capacidade máxima
Ao contrário das telas resistivas, a tecnologia capacitiva depende das propriedades de condução elétrica do toque. Como a pele humana tem um potencial condutor, o vidro utilizado nestes equipamentos reconhece o toque a partir dessa característica. Canetas stylus comuns, unhas e outros objetos que não sejam condutores, entretanto, não ativam a tela e não funcionam com telas capacitivas.
Precisão ou conforto?
A escolha entre as tecnologias de resposta ao toque reside, principalmente, nessa questão. Enquanto as telas resistivas oferecem precisão praticamente ponto a ponto, a usabilidade das mesmas é menos satisfatória. Já as telas capacitivas são mostram a mesma exatidão, porém exigem muito menos esforço durante sua utilização.
Assim, se você precisa escrever bastante ou pretende jogar no seu telefone, uma tela capacitiva é a mais indicada. Caso a sua utilização não ocorra por longos períodos – como ao assistir um vídeo, por exemplo, uma tela resistiva pode ser suficiente.
Outro ponto válido a considerar é o preço, uma vez que telas resistivas são muito mais baratas para produzir do que as capacitivas. Assim, aparelhos com o segundo tipo de tela também custam mais caro.
Faça-se a luz
A outra diferença tecnológica entre as telas diz respeito à formação da imagem. Qualidade dos contornos, contraste, brilho, ângulo de visão e uma série de outros fatores são influenciados pelos componentes responsáveis pelos pixels do seu portátil.
O Baixaki foi atrás de informação objetiva a respeito, para não ficar refém dos dados de fabricantes, e a equipe espera que esta seção ajude você a compreender melhor o funcionamento, as vantagens e desvantagens de cada tipo de tela.
Os combatentes
A tabela a seguir mostra as características básicas da tela de cada um dos aparelhos comparados, para facilitar o entendimento do teste realizado pela DisplayMate. O resultado do teste não exibe um verdadeiro ganhador, já que cada aparelho tem forças e fraquezas em determinadas áreas.
Enquanto o Droid – e por consequência o Milestone – exibe a melhor qualidade de imagem, o iPhone 4 garante melhor brilho na sua tela, além de ser o mais econômico. O Galaxy S apresenta o melhor contraste tanto em ambientes claros quanto escuros.
O Nexus One, apesar de não se destacar em nenhum quesito, não foi péssimo em nenhum, podendo ser considerado o aparelho “médio” entre os mais modernos. O iPhone 3GS participou do teste apenas para comparar o avanço da tela do celular da Apple no novo modelo.
Nada é perfeito
Naturalmente que, enquanto cada aparelho tem seu destaque positivo, falhas também existem. O iPhone 4, por exemplo, tem péssima reprodução de cores. No caso do Droid, o maior problema é a reflexão da tela e os ângulos de visão e o Galaxy S peca ao exagerar na saturação das cores e no baixo brilho.